Melhores 2014

Vi quase 250 filmes em 2014. Descobri o Netflix e revi filmes e mais filmes. Fui mais a festas e menos a shows. Li pouquíssimo (cinco livros, uma vergonha). Acompanhei minhas séries preferidas, mas não comecei a ver nenhuma nova. Acho que já vejo coisas demais e preciso ver coisas de menos. Em relação à música, também ouvi pouca coisa nova. Deixei a ânsia de descobrir coisas lá trás e prefiro escutar o que já gosto. De novo, apenas o lançamento de álbuns dos artistas que já conheço e aprecio mesmo. Teatro? Não, obrigado. Isso tudo quer dizer o quê? Que essas escolhas abaixo só fazem sentido mesmo para mim. Elas são as melhores coisas que vi e ouvi em 2014. Não importa quando foram lançadas, mas, sim, quando ganharam vida por meio dos meus olhos e ouvidos.

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Upstream Color – O melhor filme que vi esse ano. Não estreou em circuito (passou na programação de um festival indie em 2013 e só), não foi lançado em vídeo e em nenhuma plataforma de streaming no Brasil (não que eu saiba). Mas é o filme mais lindo e surpreendente que vi esse ano. Poético, abstrato e delicado, é uma ficção científica e drama existencial bastante, mas bota bastante nisso, original. Ainda vale pela fotografia e edição.

Menção Honrosa: Monstros, filme de terror foda de estreia de Gareth Edwars, o cineasta que depois faria o novo (e bem menos interessante que “Monstros”) Godzilla.

Tom Hardy – Colocar um único ator como foco da narrativa não é uma novidade (Ryan Reynolds já foi enfiado dentro de um caixão e segurou um filme de quase 90 minutos), então “Locke” não chega a ser totalmente inovador. Mas Tom Hardy surpreende nesse filme que se passa inteiro dentro de um carro e com o ator falando ao telefone. Tom Hardy é o melhor ator do ano. Corre que tem perdido no Netflix.

Menção Honrosa: Jake Gyllenhaal, assustador em “O Abutre” e versátil (e lindo) fazendo papel duplo no interessante “O Homem Duplicado”.

Scarlett Johansson – A atriz chamou a atenção por sua voz no lindo “Ela”, fez uma pequena participação no indie “Chef” e salvou “Lucy” da completa tragédia. Mas seu melhor papel foi mesmo na ótima ficção “Sob a Pele”. Linda, sexy e gélida, a atriz interpreta uma alienígena devoradora de homens nesse longa amado e odiado na mesma proporção. O melhor papel da atriz em tempos. E a melhor atriz do ano.

Menção Honrosa: Patrícia Pillar, linda e maravilhosa nas ótimas “Amores Roubados” e “O Rebu”. A mulher é foda e a melhor atriz brasileira.

Homem mais gostoso da vida: Chris Pratt disputando ~pau a pau~ com Jamie Dornan.

Mulher mais gostosa: Como diria Icona Pop, “I don’t care!!!”.

Praia do Futuro – Vi poucos filmes nacionais. Pouquíssimos, na verdade. Lindamente filmado por Karin Ainouz, o longa é poético e arrebatador. Não troco um “Praia do Futuro” nem por 10 “O Som ao Redor”(zzzZZZzzzZZZzzz) da vida.

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Ela – Me desculpem os haters, mas o filme do Spike Jonze é lindo e foda. Melhor interpretação intangível (Johansson), melhor bidoge e cara de triste (Joaquin Phoenix), melhor roteiro original, trilha sonora instrumental, fotografia, direção de arte e melhor Amy Adams.

The Fall – Honestamente, não lembro se vi The Fall, série da BBC sobre uma investigadora que caça um serial killer que estrangula mulheres, esse ano ou ano passado. Pouco importa. A série de apenas seis episódios é fantástica, lindamente dirigida e produzida, traz uma Gillian Anderson arrebatadora e um Jamie Dornan que, juro, deixaria me estrangular. Boa notícia: a série ganha uma segunda temporada no início de 2015.

Menções Honrosas: The Americans, a melhor série que, infelizmente, pouca gente vê; e True Detective, dona do melhor plano sequência que eu já vi na vida.

Arcade Fire – Estou longe de já ter visto todos os shows que queria, mas já fui a muitos. Poucos me emocionaram tanto quanto o que o Arcade Fire fez no Lollapalooza. Repertório lindo, energia foda, lotado, apertado, pertinho do palco, muito brilho, paetês, música boa e encenação grandiosa e catártica.

Menção Honrosa: Phoenix, também no Lollapalooza. Terceiro show deles que vejo na vida e, de longe, o melhor, mais emocionante e vibrante.

Videoclipe: Alguém ainda vê videoclipes? Eu já amei ver videoclipes; hoje, poucos me empolgam. Dos que eu me permiti ver, o melhor é o ótimo Gold (música foda também), do lindo e barbudo Chet Faker.

Música – Nem sei quando ela foi lançada, mas não foi em 2014 mesmo. Aliás, até já tinha ouvida a canção antes, mas foi preciso uma minissérie da Globo (a ótima “O Rebu) para fazer eu me interessar por ela: Why Dont They Talk To Me, do Tame Impala.

Menção Honrosa: Sim, sou brega e amo Lost Stars, trilha sonora do bonitinho “Mesmo se Nada Der Certo”. Prefiro na voz da Keira Knightley, mas a versão com o Adam Levine (Maroon 5) também é boa.

Álbum: Juro que não lembro de nenhum álbum que tenha me chocado. Nem mesmo o novo do Interpol, que gostei, me deixou muitas marcas.

Livro: Só li cinco livros (piada). Confesso que gostei muito de “Fim”, da Fernanda Torres.

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