Capitão América: Guerra Civil

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Capitão América: Guerra Civil não é o melhor filme da Marvel, que continua sendo “Capitão América: Soldado Invernal”. Mas, apesar do título, o longa é o melhor filme dos Vingadores, apresentando uma trama mais intricada e melhor estruturada do que as produções dirigidas por Joss Whedon.

Mesmo que o título e o marketing vendam o filme como o terceiro filme-solo do Capitão América, o longa comandado pelos irmãos Russo é sobre a equipe. Ainda que o herói ufanista esteja no centro da ação, a produção foca nos conflitos internos do grupo de heróis e apresenta uma série de motivações para os vários personagens do cada vez mais extenso universo cinematográfico da Marvel. O resultado é mais sombrio e complexo do que os filmes de Whedon, jogando os heróis em uma nova fase mais atribulada e incerta.

Pegando a premissa de uma série de HQ que coloca os heróis da editora lutando contra si, “Capitão América: Guerra Civil” divide os Vingadores em dois grupos que defendem causas diferentes: liberdade de atuação ou a submissão à ONU. De um lado temos o Capitão América lutando pelo ideal de independência; de outro, o Homem de Ferro prega um controle maior da atuação do grupo de super-heróis. No meio dos dois, o Soldado Invernal, amigo pessoal do passado do Capitão América e indiretamente envolvido no passado do Homem de Ferro.

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Apesar da trama com pontos bem similares ao recente Batman versus Superman: A Origem da Justiça, a nova produção da Marvel consegue ser mais envolvente e certeira do que o produto da concorrente DC ao criar conflitos e estabelecer motivações melhor desenvolvidas para todos os vários personagens que passeiam pela telona. O resultado é bem surpreendente, ainda mais se levarmos em consideração as últimas produções mais apagadas da editora/produtora (“Os Vingadores: A Era de Ultron” e “Homem-Formiga).

Ágil e bastante divertido, o filme joga as produções da Marvel em outro patamar ao terminar de forma bem menos conclusiva e fechada do que os anteriores, deixando em aberto o destino de vários personagens. Uma coisa forçada aqui e ali (o mote da vingança não traz nada de novo e é um pouco mal amarrado) é deixada de lado graças a uma edição frenética e aos ótimos efeitos sonoros que jogam o espectador dentro da ação, estabelecendo o ritmo e a tensão do longa. Outros pontos positivos são a apresentação dos ótimos Homem-Aranha* e Pantera Negra e a participação inusitada do Homem-Formiga. Que venha o filme do “Doutor Estranho”!

*Para um personagem que levou anos e mais anos para chegar às telas de cinema, ter três leituras diferentes em menos de 10 anos é um grande exagero (Tobey Maguire deixou a máscara do personagem em 2007 e Andrew Garfield assumiu seu posto em dois filmes nada memoráveis em 2012 e 2014), mas o novato Tom Holland acerta em cheio no jeito moleque do herói e desperta a curiosidade para um filme solo do personagem (com direito à Tia May mais sexy do cinema).

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