Cruella

Antes de falar sobre “Cruella”, o filme do momento dessa semana, é importante deixar claro que ninguém assiste a um live action da Disney esperando arrojo e ousadia narrativa ou grande reflexões estéticas e filosóficas. O público vai ao cinema ou dá play no streaming para ver esse tipo de produção sabendo muito bem o que esperar, diversão e entretenimento.

Dito isso, “Cruella” é um belo filme de se ver e ouvir, com ótimos figurinos, direção de arte, maquiagem e trilha sonora. A história de origem de uma das principais vilãs da Disney deve agradar em cheio então quem se deixa levar pelo espetáculo visual. A questão é que um bom filme não se resume apenas a aspectos estéticos, plumas, paetês e trilha sonora punk rock.

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Em meio a melhor embalagem que o cinema atual pode oferecer, o longa traz uma história bobinha cheia de reviravoltas bem óbvias e com um desenvolvimento um tanto forçado, o que fica ainda mais evidente com a duração excessiva que beira as 2h20.

Se a trama deixa a desejar, o diretor Craig Gillespie (“A Garota Ideal”, “Eu, Tonya”) deixa muitas vezes a lógica de lado e entrega o filme nas mãos da equipe técnica e de Emma Stone e Emma Thompson, duas ótimas atrizes que parecem estar se divertido horrores enquanto se desviam das armadilhas de um roteiro formulaico e pouco inspirado. É o suficiente para transformar um filme esquecível em algo pelo menos visualmente memorável, mas muito pouco para justificar a existência de uma origem que ninguém realmente precisa.

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