
Alguns filmes parecem existir unicamente para nós fazer chorar. “Esse CODA – No ritmo do coração” é um deles. Elogiadíssimo pela crítica, o longa narra a história de uma jovem que é a única membro de uma família de surdos, tendo como paixão cantar.
Graças a um crush por um boyzinho do colégio, a garota que sofre bullying, entra no coral da escola e decide que quer ir para uma faculdade de música. O problema é que ela é a intérprete oficial da família de pescadores para o mundo. O conflito do filme reside todo aí, ela abrir mão de seus desejos para ajudar a família ou se libertar e ir em busca de seus sonhos.

“No Ritmo do Coração” não traz absolutamente nada de novo. O filme segue previsível com todas os dramas acontecendo e se resolvendo exatamente no momento esperado. Apesar dessa falta de surpresas, o longa funciona porque é bem feito e tem um ótimo elenco, em especial a família da protagonista (a oscarizada Marlee Matlin interpreta a mãe da garota)
A questão da representativa dos surdos também é bem desenvolvida, apresentando as dificuldades que quem não escuta passa (a cena do recital em que a diretora nos coloca na perspectiva da família de surdos é a melhor do filme).
Mais do mesmo, o longa às vezes parece um episódio extendido e melhorado de “Glee”. Mas como o objetivo é chorar, então “No Ritmo do Coração” cumpre bem o seu papel.
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