A mulher rei

Em termos estéticos e narrativos, “A Mulher Rei” não foge em nada do padrão hollywoodiano, com uma trama melodramática e previsível em roupagem de filme histórico e produção de ação. Com um ritmo e uma história novelesca, o longa é bem feito, mas repete clichês já usados e abusados pelo cinemão e não esconde suas falhas.

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Mas, se por um lado, o longa parece uma mistura genérica de “Coração Valente” com “Pantera Negra” (um filme que ousava mais visualmente), por outro, “A Mulher Rei” se beneficia da importância de sua representatividade, trazendo um revisionismo histórico que não deixa de ser bem-vindo, mesmo que sua reparação histórica seja apenas uma fantasia.

A produção narra a história de um reino na África do passado (comandado por um John Boyega que capricha na impressão de Denzel Washington) cujo exército é composto por mulheres guerreiras que abdicam de amores e filhos para defender sua pátria. Em meio a uma guerra com outra tribo que escraviza seus irmãos e os vendem para os colonizadores brancos, a comandante do exército (Viola Davis) precisa lidar com o passado e desafiar o próprio rei.

Enquanto a trama de “A Mulher Rei” carrega no lugar comum e a direção de Gina Prince-Bythewood (do genérico “The Old Guard“) carece de força e impacto, o longa se beneficia de um elenco carismático e da própria relevância de colocar mulheres negras como heroínas de ação. De um lado temos ótimas atrizes como Davis (em seu melhor papel) e as novatas Lashana Lynch, Sheila Atim e Thuso Mbedu dando o sangue por suas personagens. Do outro, uma premissa “woke” que deve desagradar as alas mais conservadoras, mas que é a base de sustentação emocional do longa.

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Mesmo em meio a um tom piegas e a situações para lá de previsíveis, “A Mulher Rei” passa por cima de suas fragilidades e conquista exatamente pela premissa “fogo nos racistas!”, fazendo com que o filme cresça no coração do público, ainda que imperfeito.

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