Falta um pouco de energia e ousadia a esse filme que retrata o assassinato de um dos líderes dos Panteras Negras no final da década de 1960. Dirigido de forma correta e com um certo senso estético por Shaka King, “Judas e o Messias Negro” narra de forma bem convencional a trajetória do ativista Fred Hampton dentro do partido a partir do ponto de vista de um infiltrado do FBI (vivido por LaKeith Stanfield).
Apesar de bem-feita, a produção não tem o impacto que a história pede e falta tensão e mesmo carga dramática à trama. Quando o longa chega ao fim da forma mais anticlimática possível, resta ao espectador apreciar as belas atuações do elenco, em especial um Daniel Kaluuya (“Corra!”) que concentra todo o vigor que o filme a sua volta não tem.
“Judas e o Messias Negro” está cotado para concorrer em algumas categorias do Oscar, como ator coadjuvante (Daniel Kaluuya), fotografia e roteiro original, entre outras.
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