Oxigênio

Alexandre Aja não é conhecido por ser um autor, mas o cinema do rapaz é banhado em sangue, suspense e terror (seu melhor trabalho é o angustiante “Predadores Assassinos”). Nesse “Oxigênio”, o cineasta mistura de sci-fi com suspense claustrofóbico em uma premissa interessante, ainda que nada inédita, lembrando, de cara, “Enterrado Vivo”, filme em que Ryan Reynolds está preso em um caixão debaixo da terra.

Sem rodeios, o longa começa com a personagem de Mélanie Laurent (“Bastados Inglórios”) desmemoriada e presa em uma cápsula criogênica que apresenta uma falha: o nível de oxigênio está caindo. Apenas com alguns flashes de memória e sem saber a própria identidade, ela precisa descobrir uma forma de sair dali para sobreviver.

Bem conduzido por Aja, a produção original francesa da Netflix consegue prender a atenção do espectador, ainda que o cenário seja sempre a cápsula e a câmera passe o filme praticamente inteiro focada no rosto de Laurent, atriz competente que compra a ideia do roteiro com louvor.

Mas, apesar de tecnicamente bem realizado, é justamente o roteiro do longa que acaba comprometendo o resultado. Sem spoilers, à medida em que o filme vai revelando sua trama, o plot perde a força e fica parecendo um arremedo de várias outras produções, de “Gravidade” a “Passageiros”, de “Não me Abandone Jamais” a “Lunar”. No final, apesar de interessante, “Oxigênio” não deixa de ser decepcionante.

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