A Mulher na Janela

Quando foi anunciado que o best-seller “A Mulher na Janela” ganharia uma adaptação cinematográfica com Amy Adams, muito se comentou que a atriz poderia levar seu esperado Oscar vivendo o papel da mulher que sofre de agorafobia e presencia um assassinato no vizinho. Ledo engano. Para o azar da atriz, o filme praticamente virou amaldiçoado, com constantes adiamentos, refilmagens, troca de diretor e um fim inglório na Netflix, o melhor lugar para um longa ser despejado e esquecido. 

Por incrível que pareça, apesar de realmente ser uma bagunça, “A Mulher na Janela” não chega a ser a tragédia anunciada. Sim, o roteiro é apressado demais, não deixando tempo para a história fluir e as personagens serem desenvolvidas. E sim, a produção mais parece um suspense datado lançado nos anos 1990. Mas o filme tem uma boa ambientação e direção de arte, ainda que chupados da obra de Alfred Hitchcock, a referência mais óbvia do longa. 

Um outro problema da trama apressada é a falta de espaço para o elenco deixar alguma marca. O filme traz um desfile de rostos conhecidos (Gary Oldman, Jennifer Jason Leigh, Julianne Moore e outros), mas todos são desperdiçados e não têm muito o que fazer. Já Amy Adams se esforça, mas a trama batida e a edição mal costurada não ajudam a atriz. Quando final chega da forma mais abrupta possível, fica a certeza de que “A Mulher na Janela” é uma adaptação fraca do livro, que, convenhamos, já não é lá essas coisas. 

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